O peso do verbo amar
Amar. Que verbo pesado, que palavra contundente. Há quem o idolatre, há quem faça uso dele como um qualquer cumprimento banal. O seu sentido é mutável como as estações do tempo, como a própria Vida. Hoje amamos, mas amanhã poderemos não estar tão certos disso. Enquanto a sensação flui pelo nosso corpo como um narcótico, acreditamos ser aquilo que sentimos o verdadeiro Amor. Depois, tudo acaba, abruptamente, sem aviso... ou vai queimando lentamente na fogueira da distância e do silêncio. Depois, pensamos que se calhar não era bem aquilo que queríamos e que esperávamos... a paixão e a chama podia estar lá, mas faltava o conforto; ou revíamo-nos em tudo com o nosso parceiro, mas nada passava de uma brisa morna...
Quem sonha com o amor livre de esperas e regras de conveniência, livre de acordos surdos para evitar a dor, pleno de entrega, de chama, de ternura no toque e no trato, de todas as pequenas coisas que fazem a nossa vida mais rica, raramente ficará satisfeito. O sonho de algo assim não se coaduna com a vontade da razão, procura sempre algo mais, mesmo que seja uma busca aparentemente ifrutífera. Mas move-nos a vontade. Aprendemos a cair e a subir. E a cair de novo, com mais força, mas a levantar-nos com mais vigor. Vergamos ao peso desse verbo, mas fazemos dele a nossa companhia, o nosso saber, convivemos com os seus altos e baixos e com a sua intempestuosidade, aceitamos todos os seus defeitos como parte de nós mesmos.
O Sonho de encontrar a verdadeira entrega, o deleite na cumplicidade, na partilha, na troca de olhares e sorrisos é como o nosso Cálice Sagrado. Talvez nunca o venhamos a encontrar, muitos de nós passar-lhe-ão ao lado e outros deixá-lo-ão ir, não conscientes do que tinham nas mãos. Invariavelmente a maioria de nós chegará ao fim do Caminho sem ter experimentado algo que possa chamar com toda a sua alma de Amor. Mas quem sonha não procura o fim, procura os meios... e no fim, é o facto de nunca termos deixado de acreditar, de tentar, de lutar por um objectivo que nos fará olhar para trás com um sorriso nos lábios...
Quem sonha com o amor livre de esperas e regras de conveniência, livre de acordos surdos para evitar a dor, pleno de entrega, de chama, de ternura no toque e no trato, de todas as pequenas coisas que fazem a nossa vida mais rica, raramente ficará satisfeito. O sonho de algo assim não se coaduna com a vontade da razão, procura sempre algo mais, mesmo que seja uma busca aparentemente ifrutífera. Mas move-nos a vontade. Aprendemos a cair e a subir. E a cair de novo, com mais força, mas a levantar-nos com mais vigor. Vergamos ao peso desse verbo, mas fazemos dele a nossa companhia, o nosso saber, convivemos com os seus altos e baixos e com a sua intempestuosidade, aceitamos todos os seus defeitos como parte de nós mesmos.
O Sonho de encontrar a verdadeira entrega, o deleite na cumplicidade, na partilha, na troca de olhares e sorrisos é como o nosso Cálice Sagrado. Talvez nunca o venhamos a encontrar, muitos de nós passar-lhe-ão ao lado e outros deixá-lo-ão ir, não conscientes do que tinham nas mãos. Invariavelmente a maioria de nós chegará ao fim do Caminho sem ter experimentado algo que possa chamar com toda a sua alma de Amor. Mas quem sonha não procura o fim, procura os meios... e no fim, é o facto de nunca termos deixado de acreditar, de tentar, de lutar por um objectivo que nos fará olhar para trás com um sorriso nos lábios...
5 Comentários:
"Amar é ver-se como um outro ser nos vê, é estar apaixonado pela nossa imagem deformada e sublimada."
Graham Greene
Este texto está lindo!
Se eu não fosse uma gaja casada, grávida e mãe de filhos…
Se não andasse a cutucar um amigo teu e não fosse muito mais nova que tu…
Se não fosses tu, um gajo complicado, feio, do benfica e do interior…
Se tudo isto não fossem verdades absolutas e irrefutáveis, eu estava capaz de me apaixonar por um gajo que tem a perspectiva do verbo amar como tu tens…
AHAHHAHAHAHAH
Tirando o facto de ser um gajo feio, complicado e do Benfica (até porque não nasci no interior), não estou a ver mais verdades irrefutáveis :P
O pior é quando se encontra e depois se perde...
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