Diário
Trancaste-me nesta sala vazia, lisa, fria e impessoal e guardaste a chave contigo. Durante dias e noites, mais do que consigo contar, tenho ora gritado, ora sofrido em silêncio, em vão. As paredes são brancas, despidas de estímulo, sem janelas para ver o Sol ou a Lua. Aqui não entra nenhum som, não ouço o brincar das crianças ou o cantar das aves lá fora. Não como, não bebo, não durmo, preso a este beco sem saída onde me forças a viver. Viver? Não, sobreviver... como vou podendo. A maçaneta não roda, a porta é demasiado resistente, tem aguentado todas as minhas cargas impassivelmente... Sinto-me sem forças nos braços para continuar a bater e a minha garganta há muito que deixou de poder gritar...
Quero sair daqui... quero voltar a ver o Sol, quero voltar a correr livre... quero ver-te e abraçar-te do outro lado daquela porta, esquecer que um dia entrei neste cativeiro... ou então, passa a chave por uma qualquer fresta e foge se não quiseres ver as minhas feridas... mas por favor, deixa-me sair...
Quero sair daqui... quero voltar a ver o Sol, quero voltar a correr livre... quero ver-te e abraçar-te do outro lado daquela porta, esquecer que um dia entrei neste cativeiro... ou então, passa a chave por uma qualquer fresta e foge se não quiseres ver as minhas feridas... mas por favor, deixa-me sair...
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