Reconquistar v2
Ganhar de novo as graças de alguém nunca é fácil. Primeiro, há que limpar o nosso sótão, antes de tentar encarar o touro de frente. Paz de espírito, certeza do que se quer e de que tudo o que passou, está passado. Se pensar em ti e não sentir uma ponta de rancor, uma ponta de mágoa, uma ponta de amargura, estarei no bom caminho. É um facto que não sinto. Fico ainda triste, contudo, quando olho para trás e vejo a maneira como te disse adeus... apesar de saber que poderia estar a viajar mais rápido do que podia parar, não hesitei. Também não me seguraste, é um facto, mas lá terias as tuas razões.
Tudo isso não importa.
Importa que não fui justo, não fui sincero quando devia... rebusquei motivos que existiam mas que não eram os únicos e fiz com que eles bastassem. Como se abdicar fosse uma questão de baixar os braços e apanhar o próximo combóio para parte incerta... ainda assim sorriste. E fizeste-me sorrir contigo. Acredito que tenha havido dor, mas também acredito que soubeste lidar com ela, bem melhor do que eu. Apesar do tumulto que algumas vezes passa por trás dos teus olhos, raramente deixaste de transmitir paz à minha alma. E agora, mesmo mais distante, ainda sinto aquele pequeno calor cá dentro sempre que sorrio por tua causa.
Reconquistar afinal deixa de ser necessário. Nunca nos perdemos realmente, pois não?
Tudo isso não importa.
Importa que não fui justo, não fui sincero quando devia... rebusquei motivos que existiam mas que não eram os únicos e fiz com que eles bastassem. Como se abdicar fosse uma questão de baixar os braços e apanhar o próximo combóio para parte incerta... ainda assim sorriste. E fizeste-me sorrir contigo. Acredito que tenha havido dor, mas também acredito que soubeste lidar com ela, bem melhor do que eu. Apesar do tumulto que algumas vezes passa por trás dos teus olhos, raramente deixaste de transmitir paz à minha alma. E agora, mesmo mais distante, ainda sinto aquele pequeno calor cá dentro sempre que sorrio por tua causa.
Reconquistar afinal deixa de ser necessário. Nunca nos perdemos realmente, pois não?
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