O Mar e o Bolo
Contaram-me que numa recente excursão feita ao Douro Litoral , seguiam umas poucas centenas de crianças , para olharem com os seus próprios olhos aquilo que apenas a paisagem de uma televisão lhes tinha mostrado .
Coisas simples e de pouco significado para nós, ocupados com o “tão belos que somos”.
Um grande número dessas crianças , se apenas fosse uma já era um número elevado , viu , por exemplo , o Mar pela primeira vez .
O mesmo Mar que nos cria sentimentos de evasão e liberdade , o mesmo Mar que nos faz sonhar , aquele em que em certos dias quase juramos poder tocar no Sol e nos torna imbatíveis . Esse Mar.
Contaram-me que pelo menos um menino se lamentou do que nunca tinha visto . Pior ainda , lamentou-se resignado , como se a excepção tivesse sido ver o Mar e não a regra.
Mas havia mais meninos.
Contaram-me que um deles não tirava o olhar de um Bolo e que o apetite não era aquele tão característico hábito infantil que tivemos, temos, de ser gulosos .
Era regra ter fome e garantidamente para Ele , o Mar ao pé do Bolo , era secundário e completamente prescindível .
Contaram-me que em menos tempo que uma onda sucede a outra , faltou uma pequena fatia do bolo .
A um canto estava o menino já só com metade da fatia.
A outra metade tinha dividido com a irmã.
Alguém consegue medir esta força?
(Isto tudo é real , sucedeu na semana passada)
Coisas simples e de pouco significado para nós, ocupados com o “tão belos que somos”.
Um grande número dessas crianças , se apenas fosse uma já era um número elevado , viu , por exemplo , o Mar pela primeira vez .
O mesmo Mar que nos cria sentimentos de evasão e liberdade , o mesmo Mar que nos faz sonhar , aquele em que em certos dias quase juramos poder tocar no Sol e nos torna imbatíveis . Esse Mar.
Contaram-me que pelo menos um menino se lamentou do que nunca tinha visto . Pior ainda , lamentou-se resignado , como se a excepção tivesse sido ver o Mar e não a regra.
Mas havia mais meninos.
Contaram-me que um deles não tirava o olhar de um Bolo e que o apetite não era aquele tão característico hábito infantil que tivemos, temos, de ser gulosos .
Era regra ter fome e garantidamente para Ele , o Mar ao pé do Bolo , era secundário e completamente prescindível .
Contaram-me que em menos tempo que uma onda sucede a outra , faltou uma pequena fatia do bolo .
A um canto estava o menino já só com metade da fatia.
A outra metade tinha dividido com a irmã.
Alguém consegue medir esta força?
(Isto tudo é real , sucedeu na semana passada)
1 Comentários:
Incrivelmente profundo. Pensem nisto, mais do que no vosso umbigo.
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