23/01/05

Quero uma família normal

Felizmente já não estou a tremer, mas apetece-me partir qualquer coisa. Respiro fundo, mas cá no meu âmago só continuo a querer expelir todas as palavras que devia ter dito e não disse. É verdade que é a mulher que me pôs ao Mundo, é verdade que lhe devo respeito e obediência e tudo o mais.
Balelas. Quando nos magoam, nós respondemos, ainda mais eu que não sou de ficar com as coisas reprimidas e quando tenho algo que dizer, sai logo. Pode ser um grande defeito, mas sou assim, e quando alguém me magoa, eu reajo. E hoje não foi excepção. Não sei que te passou pela cabeça ao dizeres-me o que me disseste e esqueceres que eu sou teu filho e que, no mínimo, te devias preocupar com o meu bem-estar. Acho que era algo que ocorreria naturalmente. Em vez disso resolveste uma vez mais achincalhar-me, humilhar-me, torturar-me com as tuas distorcidas noções de realidade. Sentido, disse coisas que se calhar não gostaste de ouvir, porque são verdades nuas e cruas e custa admiti-las. E desligaste o telefone na minha cara, deixando-me numa pilha de nervos. Amanhã agradeço-te por isso também, se me apetecer falar contigo. Hoje só quero esquecer.

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