14/04/05

Estória de Peregrino

De vossas almas estou pendente
Por mais voltas que resolva dar
Sei que toda a escolha é diferente
Mas como decidir sem magoar?
Dir-te-ei que sim, dançarina
Se a tua música a mim chegar
Serei teu génio em lamparina
Real se tornará o que eu sonhar
Distante e de longa data vens
Reclamar-me uma vez mais
A sabedoria do passado já tens
Para repetir esses dias que tais
Sorrirei se me deres a tua mão
Gentil estranha a andares meus
Dás-me a tua graça na escuridão
Fazes dos meus sonhos os teus
Mas és tu que me tens guardado
À espera de um novo sorriso
Que desde o último é esperado
Para em ti subir do chão que piso
Loucuras que faço e que farei
Assim deseje meu coração
Dar sentido àquilo que não sei
Como apaziguar este turbilhão
Beberei de cada rio, de cada mar
Voarei até cada ouro de Sol por
Até um dia, quem sabe, cansar
E abraçar o teu beijo salvador