10/03/05

Bolicau

Estava a tentar não escrever mais nada sobre ti, meu querido Bolota. Mas depois de te ver só me apetecia fazê-lo e já basta darmo-nos tão estupidamente mal. Deve ser a tal lei da compensação. Na verdade já nos demos bem demais…. Tu dizias MATA e eu dizia ESFOLA. E sempre que EU não tinha razão, tinhas TU.
Mas entre o que eu e tu pensávamos, o tempo foi tecendo um manto de confusões e dúvidas e agora, já não sei quem és afinal.
Já lá vão anos. É um facto. Já nada tem valor, é uma certeza. Mas a minha memória de elefante não me deixa deixar de lembrar...
Sabia que, de qualquer maneira, te iria ver naquela noite. Não sei mas tenho pressentimentos que raramente falham. Sabia, também, que não precisava de fazer nada porque Deus se encarregava disso. E tomou muito bem conta do meu recado.
Não estava nada a espera naquele momento. Quando te vi já lá estavas dentro e de repente quando te olhei senti uma diferença abismal comparativamente às outras vezes. E eu achava (erradamente) que os nossos encontros mesmo que distantes iriam ser sempre eternos…
Mas o mundo parou e tudo voltou ao normal no preciso momento que te foste embora…

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