20/03/05

So simple

És um marco. Um marco histórico. Como a Universidade está para Coimbra, como a Sé está para a Guarda, como os Clérigos estão para o Porto.
O mundo deu umas voltas grandes entretanto, e como em tudo na vida existe um princípio e um fim. Os princípios são sempre fascinantes e os fins são, na maioria das vezes, catastróficos. Há sempre uma parte que perde. Perde-se qualquer coisa que às vezes não tem nome e não se consegue explicar.
Quem sente que perde passa a outra fase: a fase das respostas. É mais típico nas mulheres. Elas querem saber tudo. O que fizeram, porque perderam, quais as justificações de qualquer coisa que as faz sentir mal. Nesta fase estende-se uma confusão de más interpretações com pitadas de parvoíces e estupidezes e depois forma-se um bolo enorme que mais parece uma barreira. Tudo por falta de controlo, por falta, dizem elas, de justiça. Choram, berram, gritam, barafustam e o tempo encarrega-se de fazer o resto.
Depois é a rendição. Limpam-se os destroços, enterra-se o morto e preparam-se estratégias para uma nova vida, sem fantasmas e com a ilusão de que se pode viver outra vez no mesmo auge. E volta-se a viver e volta-se a cair e cai mais uma vez e volta a levantar-se. Porque cair não faz mal, a nobreza, a vontade, a luta e a coragem está só e apenas na capacidade das pessoas voltarem a levantar-se.
Depois fatalmente encontra-se o passado. Mesmo que longínquo é sempre tocante. E foi o que me aconteceu. Tocaste-me como sempre. Mesmo sendo tu, para mim, aquilo que se vê…
Cansei-me porque descobri que é tudo tão simples…

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