21/03/05

Olha

É este o pecado que vives
Não saber falar ou ouvir
Esquecer, tapar os olhos
Gritar em surdina, mentir
Viver? Sobreviver ao invés
Numa tua falsa realidade
Sob o peso do futuro
Quebras na tua piedade
Esqueces quem te amparou
Te viu chorar e crescer
Sorrir, gritar, renascer
Desde o primeiro suspiro
A primeira mão segura
Ao último beijo, último tiro
Num coração mais desfeito
Leva enfim a ternura
Que outrora todos viam
Fecha-a na futilidade
Do agora e do imperfeito
Foge para bem longe
Onde te possas encontrar
Onde te possas olhar
Eu sei que não vou estar lá.

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