16/04/05

OCRAM

Não sei como te dizer isto, nem sequer devia chamar-te assim. Mas és, de facto, o meu contrário. Não sei como, mas há muito tempo que ando à procura de qualquer coisa, uma coisa que me apetece seguir ao contrário de todas as correntes que me aprisionam e faço figas para acreditar que, na realidade, quero e posso ir ainda mais longe.
Não sei como te dizer isto, mas parece-me que somos feitos de massas tão diferentes que por momentos pensei que fosses de outro qualquer planeta e só eu tinha descoberto que há vida para além da terra e só cá vieste para me mostrar a verdade exacta dos contrários. E eles existem mesmo. Porque eu existo e tu também.
Não sei se devo ou não dizer-te isto, mas consegues ter o som perfeito de um sorriso certeiro, uma voz bem colocada, uma conversa sempre adequada ao momento certo, uma postura elegante na defesa das tuas ideias e um charme irresistível na forma como me chamas. Às vezes até me interrogo onde é que vais buscar tanta serenidade na espera, e como é que podes acreditar que podes cruzar a realidade com a perfeição.
A disciplina, a consciência, a coerência e a inteligência fizeram, talvez de ti, alguém que não tem necessidade de pedir licença, para nada, na vida porque a vida recolhe-te a qualquer hora.
Mas eu tenho a certeza que os teus defeitos são abundantes, porque as minhas qualidades existem, de facto...

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