Ponto final, parágrafo
Estou a escrever há precisamente uma hora. Passou-se tanto nestes últimos dias que simplesmente fica difícil resumir todos os ventos que sopraram à brisa da palavra escrita. O sono aperta, o cansaço de mais de uma semana de folia e mau dormir dá os seus sinais. Quem passou por mim neste tempo já sabe o seu Destino, ainda que por vezes algo injusto... mas talvez seja o único possível. Uma vez confidenciei que, se for a única solução para que ninguém além de mim saia magoado de uma confusão que a vida resolveu criar seja eu ficar sozinho, então eu faço-o. Altruísmo, sacrifício, o que quer que seja. Abdicar também faz parte da vida. Felizmente não foi preciso, ainda, chegar a tanto, tudo está mais simples agora que, passo a passo, vou redescobrindo o meu lugar. Por entre o mau tempo que me enchia de adrenalina, ou dançando ao som de uma música cega... dedicado à ternura de um sorriso ou redescobrindo aquilo que julguei perder, tudo está mais claro. Por ora, segurar-me-ei ao que tenho de melhor, às ondas de um rio banhado por luzes e pela noite, a um abraço que sei não ser a prazo. Águas calmas, onde haveis andado?
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