Qual o problema de fazer 36 anos no inicio do ano?
A partir de certa idade, começamos a encontrar formas de amenizar o facto de estarmos a ficar velhos. Coisas como, “cada um tem a idade que quer”, ou “o que importa é a mente e não a idade”, etc.
É verdade, pensam alguns; tretas, dizem outros.
O certo é que todos envelhecemos ao mesmo tempo. Com a mesma cadência, o mesmo ritmo, a mesma pontualidade. Mas comportamo-nos como se assim não fosse.
Há um hábito generalizado, de pensar que só os outros é que envelhecem, ou só os outros é que estão distantes da aparência física dos tempos que eram meninos e moços.
Não questionando a sinceridade do “Parabéns”, embora às vezes fique a pensar, noto em alguns casos, que aqueles que desejam esses votos de felicidade deixam luzir uma mensagem subliminar.
Se a pessoa for mais nova, a ideia que deixa transparecer é; “Eu sou mais novo/a, tenho portanto mais tempo à minha frente, tenho praticamente o mesmo aspecto que tinha no tempo que era estudante, apesar de ser apenas uns meses mais novo/a. Tu pelo contrário.”.
E depois a cereja em cima do bolo, o crème de la crème das frases elogiosas: -“Eras tão bonito.”
Nota: “Eras”. Já não és.
Depois há os “Parabéns” dados por pessoas mais velhas e é neste caso, por vezes, que se ultrapassa a fronteira do aceitável.
Há em algumas pessoas mais velhas uma vontade sádica de estragar os aniversários. É um chiar de dentes arrepiante, acompanhado com um sorriso amarelo e um “Parabéns, mas …”.
Mas o quê?
… e a tal mensagem subliminar: “Para que não estejas tão sorridente porque só fazes 36 anos, deixa-me dizer-te que depois dos 40 quase não vale a pena viver. Aliás, estou-te a ligar do meu caixão. Não é que eu esteja acabado/a, nada disso, porque ainda sou um/a jovem … agora tu!?!”
… ou então: “36? Tens quase a minha idade. 20 Anos passam num instante”.
Portanto. O tempo pára para todos, excepção feita ao gajo que faz anos.
Em ambos os casos, o acto de alguns mais novos ou mais velhos te desejarem “Parabéns” é como Salada com Bacon ou Jogging a fumar. Uma aldrabice.
Então e qual o problema de fazer 36 anos no inicio do ano?
Em cada passagem de ano, ouve-se o habitual “este ano passou tão depressa” ou “ mais um ano em cima” ou mais tenebroso “menos um ano de vida”.
Este ritual de lamentações acontece numa forma global. Não é focalizada em apenas um indivíduo, como acontece num aniversário.
Mas a estratégia mantém-se, embora com menos requintes de malvadez.
É então esse o problema em se ser aniversariante no inicio do ano.
Cada vez que celebras mais um aniversário, é como se somasses a dobrar. Repete-se o discurso de passagem de ano, mas agora de dedo apontado.
Nem quero imaginar quando fizer 70 anos.
A proporção do lamento é equitativa ao número do aniversário celebrado.
Não me lamentando, aqui estou eu, nos primeiros minutos dos meus novíssimos 36 anos a escrever este desabafo e a pensar que “o homem começa a envelhecer quando as lamentações começam a tomar o lugar dos sonhos.”
+ velho - juízo
É verdade, pensam alguns; tretas, dizem outros.
O certo é que todos envelhecemos ao mesmo tempo. Com a mesma cadência, o mesmo ritmo, a mesma pontualidade. Mas comportamo-nos como se assim não fosse.
Há um hábito generalizado, de pensar que só os outros é que envelhecem, ou só os outros é que estão distantes da aparência física dos tempos que eram meninos e moços.
Não questionando a sinceridade do “Parabéns”, embora às vezes fique a pensar, noto em alguns casos, que aqueles que desejam esses votos de felicidade deixam luzir uma mensagem subliminar.
Se a pessoa for mais nova, a ideia que deixa transparecer é; “Eu sou mais novo/a, tenho portanto mais tempo à minha frente, tenho praticamente o mesmo aspecto que tinha no tempo que era estudante, apesar de ser apenas uns meses mais novo/a. Tu pelo contrário.”.
E depois a cereja em cima do bolo, o crème de la crème das frases elogiosas: -“Eras tão bonito.”
Nota: “Eras”. Já não és.
Depois há os “Parabéns” dados por pessoas mais velhas e é neste caso, por vezes, que se ultrapassa a fronteira do aceitável.
Há em algumas pessoas mais velhas uma vontade sádica de estragar os aniversários. É um chiar de dentes arrepiante, acompanhado com um sorriso amarelo e um “Parabéns, mas …”.
Mas o quê?
… e a tal mensagem subliminar: “Para que não estejas tão sorridente porque só fazes 36 anos, deixa-me dizer-te que depois dos 40 quase não vale a pena viver. Aliás, estou-te a ligar do meu caixão. Não é que eu esteja acabado/a, nada disso, porque ainda sou um/a jovem … agora tu!?!”
… ou então: “36? Tens quase a minha idade. 20 Anos passam num instante”.
Portanto. O tempo pára para todos, excepção feita ao gajo que faz anos.
Em ambos os casos, o acto de alguns mais novos ou mais velhos te desejarem “Parabéns” é como Salada com Bacon ou Jogging a fumar. Uma aldrabice.
Então e qual o problema de fazer 36 anos no inicio do ano?
Em cada passagem de ano, ouve-se o habitual “este ano passou tão depressa” ou “ mais um ano em cima” ou mais tenebroso “menos um ano de vida”.
Este ritual de lamentações acontece numa forma global. Não é focalizada em apenas um indivíduo, como acontece num aniversário.
Mas a estratégia mantém-se, embora com menos requintes de malvadez.
É então esse o problema em se ser aniversariante no inicio do ano.
Cada vez que celebras mais um aniversário, é como se somasses a dobrar. Repete-se o discurso de passagem de ano, mas agora de dedo apontado.
Nem quero imaginar quando fizer 70 anos.
A proporção do lamento é equitativa ao número do aniversário celebrado.
Não me lamentando, aqui estou eu, nos primeiros minutos dos meus novíssimos 36 anos a escrever este desabafo e a pensar que “o homem começa a envelhecer quando as lamentações começam a tomar o lugar dos sonhos.”
+ velho - juízo
2 Comentários:
cá faço 36 só no final do ano por isso entendo quem se lamente de os fazer no inicio do ano... :P
Mas alguém se lamentou???
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