17/04/05

Usei-te

É verdade, usei-te. Foste um troféu enquanto brilhaste e agora remeto-te para uma prateleira empoeirada, à espera de melhores dias. Quem sabe nunca saias de lá, pois quando cortei os teus fios caíste desamparada, sem te procurares agarrar. Fica agora nos braços de quem te possa apanhar dos ramos onde baloiças com a brisa que passa, já serviste o teu propósito. Obrigado por me provares que estava certo, por me ajudares a encarrilhar e a seguir em frente. Agora, desapareço.